Tentativa de golpe – 35 generais e 16 coronéis envolvidos

Além do núcleo extremista do Exército preso na Operação Contragolpe, investigação identifica 35 militares – além dos generais, 16 coronéis e um almirante -, todos supostamente empenhados, informados ou pelo menos citados na estratégia que previa o envenenamento de Lula e a explosão do ministro Moraes

Segundo o jornal O Estado de São Paulo, a Operação Contragolpe aberta pela Polícia Federal nesta terça, 19, não só levou à prisão de militares que planejaram a morte do presidente Lula, de seu vice Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes, mas também revelou uma extensa rede do alto escalão das Forças Armadas, com oficiais graduados que trocavam informações sobre o golpe e/ou eram cotados para “pacificar” o país após a ruptura formada. Os investigadores encontraram mensagens, reuniões, documentos e áudios com citações, em diferentes graus, a pelo menos 35 militares – entre eles dez generais e 16 coronéis do Exército, além de um almirante. Nem todos os nomes foram divulgados. A informação é do jornalista Fausto Macedo, do Estado de S. Paulo.

Com Mário Fernandes, ex- secretário executivo no governo Bolsonaro, a PF encontrou documentos cruciais para a investigação: o plano ‘punhal verde amarelo’, que previa o envenenamento de Lula e o assassinato de Moraes a bomba; e uma minuta de gabinete de crise que “pacificaria” o País após a ruptura, sob a chefia de aliados de primeira hora de Bolsonaro: os generais Augusto Heleno e Walter Braga Neto.

Em outro áudio, o general relatou a Cid ter conversado pessoalmente com Bolsonaro: “Durante a conversa que eu tive com o presidente, ele citou que o dia 12, pela diplomação do vagabundo,(Lula) não seria uma restrição, que isso pode, que qualquer ação nossa pode acontecer até 31 de dezembro e tudo. Mas, porra, aí na hora eu disse, pô presidente, mas o quanto antes, a gente já perdeu tantas oportunidades”. Cid respondeu que conversaria com o então presidente.


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