As investigações, iniciadas a partir de uma denúncia anônima recebida pela Polícia Federal, apontam para um esquema sofisticado, que atuava principalmente com base na cidade de Patos e teria fraudado certames de alta concorrência, como o Concurso Público Nacional Unificado (CPNU) do ano passado, para o cargo de auditor fiscal do Trabalho (AFT), além de seleções para a PF, as polícias civis de Pernambuco (PCPE) e de Alagoas (PCAL), a Universidade Federal da Paraíba (UFPB), a Caixa Econômica Federal, o Banco do Brasil e até mesmo o Exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
Conforme relatado pelo MPF, a organização obtinha as provas antes de sua aplicação, repassando fotos, gabaritos e até o texto da redação aos seus “clientes”, horas antes do início dos exames. Em diálogos interceptados pelos investigadores, pai e filha negociam a fraude para o cargo de AFT, mencionando valores de até R$ 500 mil e a necessidade de corromper vigilantes e de desativar câmeras. Outro método do grupo consistia em usar documentos falsos para que um de seus integrantes, mais preparado, realizasse a prova no lugar do candidato contratante.
De acordo com as autoridades, os membros da quadrilha poderão responder pelos crimes de fraude em certame de interesse público, lavagem de dinheiro, organização criminosa e falsificação de documento. As apurações sobre o caso prosseguem para identificar todos os integrantes da organização e aqueles que contrataram os serviços ilícitos.
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