Jorge Roriz.
De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, (Inpe), durante todo ano de 2023, o Brasil registrou 82.744 focos de incêndios. Em 2024 já foram registrados até o momento, 172.815 focos. Isso significa um aumento de 109%.
O MapBiomas, registrou de janeiro a agosto, a queimada de 11,39 milhões de hectare e desse valor, 5,6 milhões aconteceu no mês de agosto de 2024.
Os eventos climáticos são causados tanto pelo desequilíbrio climático por fenômenos naturais e também por ações criminosas.
Como não há recorrência de raios, segundo os especialistas, a origem do fogo é criminosa. “Entre 95% a 97% são causados pelo homem.”
Um estudo recente do Cemaden, informa que dois milhões de brasileiros vivem em áreas de altíssimo risco de deslizamentos e inundações. Eles precisam ser retirados dessas áreas e isso vai precisar de milhões de reais em recursos públicos e não pode ser feito de forma rápida. Muitos brasileiros estão ameaçados pelos fenômenos climáticos que se tornam cada vez mais constantes.
É necessário providências urgentes para reduzir os danos á natureza, contratar mais brigadistas, identificar e prender com multas e penas severas os que queimam a terra de forma criminosa.
“O criminoso bota fogo na mata em um minuto. O satélite só detecta o fogo quando ele já atingiu de 30 a 40 metros quadrados, ou seja, entre uma hora e meia a duas horas depois.” afirma o climatologista Carlos Nobre.
Os impactos acontecem na economia, com a destruição de plantações e aumento dos preços de alimentos, na saúde, com a fumaça chegando em vários estados e causando sérias complicações respiratórias que sobrecarrega o SUS, e para recuperar a natureza isso demanda décadas.
Este é o ano mais quente da história e a previsão de chuvas nos estados com seca é para novembro.
O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse que o Brasil vive uma “pandemia de incêndios” e determinou no último dia 27/08 que o governo federal mobilize, em 15 dias, todo o contingente possível das Forças Armadas, policiais e agentes de fiscalização ambiental para combater os incêndios no Pantanal e na Amazônia.
As medidas foram tomadas diante da intensificação de “queimadas gravíssimas, inclusive com indícios de origem criminosa” nos biomas, segundo o magistrado.
Segundo o Inpe, 76% de todas as queimadas na américa do sul, está ocorrendo no Brasil.
Jorge Roriz