O ministro Alexandre de Moraes, quebrou o sigilo das investigações contra o golpe de estado e encaminhou ao STF. O documento com 884 páginas, tem revelações estarrecedoras, tudo com farta provas com documentos, áudios, depoimentos, minuta e textos escritos por militares que foram encontrados pela Polícia Federal, em gabinetes, residências, computadores e celulares.
Segundo a PF, “os elementos de prova obtidos ao longo da investigação demonstram de forma inequívoca” que Bolsonaro “planejou, atuou e teve o domínio de forma direta e efetiva dos atos executórios realizados pela organização criminosa que objetivava a concretização de um golpe de Estado e da abolição do Estado democrático de Direito”.
O texto do relatório diz que o grupo investigado era “liderado por Jair Bolsonaro” e “criou, desenvolveu e disseminou” desde 2019 a narrativa falsa de vulnerabilidade das urnas eletrônicas para justificar intenções golpistas em caso de derrota do então presidente na tentativa de reeleição.
“Enquanto as medidas para neutralizar o ministro Alexandre de Moraes estavam em andamento, o núcleo jurídico do grupo investigado finalizou o decreto que formalizaria a ruptura institucional, mediante a decretação de estado de defesa no Tribunal Superior Eleitoral e a instituição da Comissão de Regularidade Eleitoral”, afirma.
Segundo a PF, a ação para prisão e assassinato de Moraes em 15 de dezembro de 2022 foi abortada quando Bolsonaro “não obteve o apoio” do general Freire Gomes, então comandante do Exército, “e da maioria do Alto Comando do Exército”.
O ex-presidente, porém, confirmou que discutiu com aliados e militares a possibilidade de decretar estado de sítio após a derrota na disputa eleitoral de 2022
Mas qual seria o objetivo do estado de sítio? IMPEDIR A POSSE DE LULA. Esse instrumento constitucional não existe para ser usado por perdedores de eleição presidencial.
Logo após o general golpista, Mário Fernandes imprimir no Palácio do Planalto o Planalto, o plano para matar Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes , no dia 09/12, (após as eleições) Bolsonaro vai para a rua, nos jardins do Palácio e diz em outras palavras que algo vai ocorrer e que ele não tinha perdido a eleição. Em uma mensagem captada pela PF, Mauro Cid e diz que Bolsonaro aceitou o “assessoramento” (da quadrilha que planejava o golpe).
Cabe ao Procurador da República, arquivar ou acatar as denúncias e em caso de concordar com as provas e argumentos da PF, encaminhar a denúncia para a primeira turma do STF, fazer o julgamento. O ex-presidente foi indiciado neste ano pela PF em três inquéritos: sobre as joias, a falsificação de certificados de vacinas contra a Covid-19 e, agora, a tentativa de golpe de Estado. SOMENTE PELO GOLPE, SEM CONTAR COM OS OUTROS INDICIAMENTOS, Se condenado pode pegar pena de até 28 anos de cadeia.
Jorge Roriz